O antigo Paço dos Arcebispos, que também eram senhores de Braga, é um interessante conjunto de edificações levantadas ao longo de muitos séculos. O corpo mais antigo, com aspecto acastelado e coroado de merlões, está situado do lado Norte e deve-se em grande parte ao arcebispo D. Fernando da Guerra (1416 -1467), embora existisse ali um paço primitivo atribuído a D. Gonçalo Pereira (1326-1348). No lado Sul, podemos admirar três corpos de harmonioso aspecto, rodeando o Largo do Paço. Devem -se a D. Diogo Sousa (1505-1532), D. Manuel de Sousa (1545-1549) e, sobretudo, a D. Rodrigo de Moura Teles (1704-1728), cuja imponente pedra de armas sobrepuja a porta principal. O corpo que ocupa o lado oeste da praça foi mandado construir pelo arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus, em 1593.
No topo deste corpo encontram-se uma bela varanda, virada para a Sé, onde, segundo a tradição, os arcebispos de Braga assistiam às procissões da Semana Santa.
Voltado à Praça do Município está o edificio mandado erguer pelo arcebispo D. José de Bragança (1741-!756). Trata-se de um verdadeiro palácio cujo arquitecto poderá ter sido André Soares.
No ano de 1866, deflagrou nesta parte do Paço um pavoroso incêndio - então sede do governo Civil - que destruiu importantes arquivos e a biblioteca de D. Gaspar de Bragança (1758- 1789). No ano de 1921 foi também demolida, por razões que nos são hoje desconhecidas, a capela do Paço, bem como a sua torre.
A partir de 1930 o Paço Arquiepiscopal foi restaurado. Os tectos de muitos salões foram reconstruídos e recobertos com pinturas de boa qualidade. A partir de 1934, foram transferidos para aqui a Biblioteca Pública e o Arquivo Distrital.
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