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Yo soy como las gentes que a mi tierra vinieron - soy de la raza mora, vieja amiga del sol -, que todo lo ganaron y todo lo perdieron. Tengo el alma de nardo del árabe español. Manuel Machado.

sábado, 5 de diciembre de 2009

Um pouco mais de história...


Alguns séculos mais tarde, já integrado no condado Portucalense, o senhorio de Braga será oferecido como dote, por Afonso VI de Leão e Castela, a sua filha D.Teresa, por ocasião do seu casamento com D.Henrique da Borgonha. Atribui-se ao conde D. Henrique a construção de novas muralhas, que só serão completadas em tempos de D. Dinis e de D. Fernando I. A torre de menagem do castelo ainda hoje ostenta as armas dos primeiros destes monarcas.
Eleito para a mitra de Braga, S. Geraldo de Moissac, monge beneditino de Cluny, vai este prelado a Roma juntamente com o conde D. Henrique e obtém o pálio de metropolita, concedido pelo papa Pascoal II (1103). Alcança ainda o título de Arcebispo.
Nessa ocasião são restaurados os direitos super-metropolitanos de Braga sobre todas as dioceses do ocidente peninsular: Astorga, Lugo, Tuy; Mondonhedo, Orense, Porto, Coimbra, Viseu, lamego. Unicamente ficou isenta a diocese de Iria-Compostela. Os novos condes portucalenses instituíram um senhorio temporal a favor dos arcebispos de Braga (Carta de Couto de 1112), sendo prelado D.Maurício Burdino. tal senhorio haveria de perdurar até o final do século XVIII.
O filho dos referidos condes, D. Afonso Henriques, será o primeiro rei de Portugal, e contará com o apoio decisivo do arcebispo D. Paio Mendes para alcançar a independência do Reino e sobretudo, com valiosíssima ajuda de outro grande prelado bracarense, D. João Peculiar, que foi o grande realizador da independência jurídica de Portugal: foi ele quem negociou o armistício de Valdevez, a conferência de Zamora e obteve a enfeudação do novo Reino à santa Sé, libertando-o, assim, do domínio político castelhano. (...)
Roma Portuguesa, chamam-na alguns, Cidade dos Arcebispos lhe disseram outros: Braga, a antiquíssima Bracara Augusta dos Romanos, duramente fustigada pelos maus tratos dos séculos e dos homens, chegou aos nossos dias carregada ainda de preciosas relíquias que nos contam mil histórias fascinantes.
Conhecendo nas últimas décadas um notável desenvolvimento econômico e social, Braga transformou-se novamente num dos grandes pólos propulsores do Noroeste Peninsular. Todavia, muitos dos seus filhos teimam hoje em não deixar desaparecer na voragem da especulação imobiliária, as recordações de um passado que só os enobrece, tal como proclamava o poeta do Minho:
"Braga, a princesa de remota era,
Virtude austera ainda conserva e a fé;
E eleva às nuvens em padrões de glória,
A nobre história, de que herdeira é."
" Assenta o trono de entrançado arbusto,
No monte augusto do seu Bom Jesus,
E tem por coroa de opulência tanta,
A Virgem Santa do Sameiro, e a Cruz"
Fonte: Revista Braga, editora Caminhos Romanos, 2008.

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