O alto índice de humidade e a fertilidade do solo explicam a elevada densidade populacional desta região. Por toda a parte e apesar da profunda crise que atravessa a agricultura portuguesa a terra é ainda amanhada. A economia local hoje muito orientada para a indústria e os serviços, ainda tem uma forte componente agrícola, através da cultura dos cereais, dos legumes, do vinho, ou da criação de gado. As videiras surgem ao longo do caminho formando verdadeiros túneis de folhagem. São as chamadas "latadas ou ramadas". Ao redor dos campos crescem também as uveiras de enforcado graciosamente entrançadas nas árvores. Noutros sítios, modernas vinhas vão substituindo estas formas mais tradicionais. As serranias minhotas, dispostas perpendicularmente em relação à orla marítima, e quase sempre cobertas de florestas, erguem aos céus os seus picos rochosos. As numerosas nascentes de água, os pitorescos regatos e os rios caudalosos, bem como a exuberância da vegetação e a variedade das paisagens, cativam a atenção de todos que percorrem esta região acolhedora sob um céu profundamente azul que sempre inspirou e encantou os escritores e poetas.
Fonte: texto extraído da Revista Braga, editora Caminhos Romanos
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